Como nossos pais?

Estava revisitando uns clássicos que tenho na minha estante de discos e escutei uma música que me gerou mais uma dúvida radical sobre a juventude... e aqui estou! Em 1976, praticamente na metade da Ditadura Militar, o compositor Belchior lançou o estrondoso sucesso "Como nossos pais", imortalizado na voz de Elis Regina. Prestando atenção na letra, vi surgirem novas-velhas dúvidas. Antes de maiores discussões, alguns trechos da música:

Como nossos pais (Belchior / 1976)

"Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...

Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...

Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais..."

Será que o jovem hoje vive como seus pais? Digo viver no sentido lato, pois sabemos que os meios são outros, a conjuntura política e econômica do país é outra, temos a Internet, a globalização, um novo mercado de trabalho... Mas se analisarmos microscopicamente, quais são os verdadeiros anseios dos jovens? Os anseios vão em direção à ruptura ou à manutenção de antigos valores remodelados? A casa, a família, o cachorro e o emprego estável ainda são çprioridades (ou algum dia foram)? Seria um "Global Way of Life"? Deixo essas provocações, que levantam mais questionamentos do que repostas, querendo saber...

O novo sempre vem ou ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais?

http://www.youtube.com/watch?v=2qqN4cEpPCw



Propaganda e Antropologia se encontram no Planejamento

É esse o nome do texto publicado no CHMKT desse sábado. O texto (você confere aqui) é da Gerente de Planejamento da DPZ, Paula Zacharias Gabriel, que também é mestre em Antropologia Social pela London School of Economics and Political Science.

Não fiz esse post somente para agradar nossa queridíssima Cláudia que é Antropóloga e nem porque eu trabalho diretamente com planejamento.

Gostei desse post pela seguinte frase: "é que eu quero ser surpreendido o tempo todo".

Ilustrada através da antropologia e do planejamento, Paula chega a um insight que é mais ou menos o seguinte:

Porque não estimular a curiosidade antropológica que existe em cada um de nós e arriscar metodos diferenciados de investigação ou pesquisa, ou nas demais profissões, outros métodos para se achar soluções para questões que apareçam no seu trabalho.

Deixe-se supreender.

We All Want to Be Young

Ví esse vídeo da Box1824 a pouco tempo e acho que ele conseguiu resumir muito bem a posição que a sociedade (não somente a jovem de 18-24 anos) se encontra hoje. É melhor ver o vídeo do que tentar antecipar aqui.

We All Want to Be Young (leg) from box1824 on Vimeo.

Pesquisar este blog